Até este ponto do curso, a compaixão tem desempenhado um papel sutil, mas importante em nossa prática de meditação. Na verdade, a auto-autocompaixão pode ser o componente mais importante do MBSR - é o óleo que faz as engrenagens do Minfulness (atenção plena) funcionarem. Sem isso, as práticas são, na melhor das hipóteses, secas e mecânicas e, na pior das hipóteses, difíceis e contraproducentes.
Em alguns cursos de mindfulness o link entre mindfulness e compaixão não é muito explícito, focando quase exclusivamente em fortalecer a concentração e a habilidade de estar com a experiência do momento presente. Isso tem feito o movimento de mindfulness vulnerável ao argumento que, por exemplo, poderia haver coisas como um terrorista “consciente” ou um assaltante de banco “consciente”.
Obviamente há algo muito errado nisso, já que bondade e compaixão são a base de quase todas as tradições meditativas. Essa semana vamos explorar nossa tendência natural de se conectar e se preocupar com os outros, e considerar o valor e o potencial de sermos compassivos também com pessoas além das nossas relações mais próximas.
Vídeos e Leituras
O primeiro vídeo, Somos feitos para ser bondosos, de Dacher Keltner, da Universidade de Berkeley, fornece evidências para a ideia de que nós, como humanos, temos uma inclinação profunda para nos importarmos com os outros. O artigo A Sobrevivência do mais bondoso, indica que até Darwin acreditava nisso. Assim como a capacidade de compaixão é natural, Matthieu Ricard, um monge budista que tem 50.000 horas de prática de meditação e que também é PhD em genética celular, argumenta a favor do apoio consciente a essa capacidade no vídeo Cultivando o altruísmo.
Nós também exploramos as ligações naturais que existem entre mindfulness e compaixão no vídeo de Shauna Shapiro, Como mindfulness cultiva a compaixão, e seu artigo, Mindfulness torna você mais compassivo?
Em nossa cultura, pode-se dizer que a pessoa com quem somos menos gentis é com nós mesmos. No vídeo Superando objeções à autocompaixão e no artigo Os cinco mitos da autocompaixão, Kristin Neff explora mal-entendidos sobre a autocompaixão, incluindo a crença de que motivação requer autocrítica e a ideia de que ser gentis com nós mesmos nos torna complacentes e menos eficazes.
Práticas Diárias
Dando sequência ao tema, nós introduzimos a Meditação da bondade amorosa/amabilidade, a qual sugerimos que você faça pelo menos uma vez esta semana. É uma prática mais curta (13 min), então quando você fizer essa meditação, você pode estendê-la por mais 17 minutos para obter 30 minutos completos nesse dia. Ou, se você quiser estender um pouco de bondade amorosa/amabilidade para si mesmo(!), você pode parar no final da meditação de 13 minutos.
Para a Prática formal desta semana, você pode escolher entre qualquer uma das três principais práticas que você já experimentou até agora: Scanner Corporal, Meditação Sentada, Yoga, incluindo pelo menos um dia a meditação da bondade amorosa/amabilidade.
Para a Prática informal, a cada dia você pode escolher qualquer uma das práticas que você já experimentou até agora (por exemplo, consciência simples, alimentação consciente, STOP, "Voltando-se para") e inserir sua experiência no diário de práticas.
Videos
Somos feitos pra ser bondosos - Dacher Keltner [4 min]
Cultivando o altruísmo - Matthieu Ricard [18 min]
Como mindfulness cultiva compaixão - Shauna Shapiro [13 min]
Superando objeções à autocompaixão - Kristin Neff [12 min]
Leituras
A Sobrevivência dos mais bondosos - Paul Ekman
Mindfulness torna você mais compassivo? - Shauna Shapiro
Os cinco mitos da autocompaixão - Kristin Neff
Folhas de práticas
Prática formal [PDF] [ou formato WORD] - Scanner corporal, Sentada, Yoga (+ Bondade Amorosa/Amabilidade)
Prática informal [PDF] [ou formato WORD] - Qualquer uma (Consciência simples, Alimentação consciente, STOP…, etc)
Materiais suplementares relacionados com o tópico desta semana
Autocompaixão - Emma Seppala
OBSERVAÇÃO: Se você está compilando um manual baseado em nossas sugestões no Manual MBSR, você pode imprimir uma cópia desta página bem como das Leituras e Folhas de Prática dadas acima. Para a versão desta página que foi reformatada para o seu manual vá para a versão para impressão desta página.